domingo, 14 de agosto de 2011

Algarve

Sempre que vou até ao Algarve, primeiro "armo-me" sempre em esquisita. "Ui tanta gente..." ou "Ai é sempre a mesma coisa..." etc e tal.

A verdade é que sair da rotina é essencial, porque aprendemos a dar valor ao que temos em casa. E se ir é bom, pois regressar é ainda melhor.

Ora as praias do sul nada se comparam às nossas. Falta-lhes o cheiro a natureza brava. Falta-lhes iodo. Falta-lhes sal. Por outro lado, lá o sol dá-nos uma outra vitalidade e, claro, que não há rajadas de vento feroz.

Procuro sempre um spot que seja relativamente pacífico, sem muitos "vizinhos" por perto. Ir cedo e vir embora cedo é o ideal. Devidamente protegida do sol, ouço música no MP3, leio e não dispenso umas banhocas no mar. Adoro nadar num mar que não nos congela e onde não há rochedos ou ondas gigantes.

O "pior" do Algarve é mesmo a quantidade assustadora de turistas nacionais e estrangeiros. Autênticas legiões por toda a parte... Ah e não nos esqueçamos dos emigrantes "uh-lá-lá", que bem tentam esconder as suas raízes.

Há gente paciente e bem-educada, outros nem por isso. Nem nas férias deixam de ser barulhentos e idiotas. Fujo deles a sete pés, porque não há mesmo nada pior do que apertos, filas e povo aos berros. Uma simples ida ao supermercado, por exemplo, pode tornar-se uma saga, uma aventura tenebrosa. O povo fala alto, empurra tudo e todos e agarra-se às cervejolas, coca-colas, fruta, batatas fritas, etc, como se não houvesse amanhã... (crise? não a vi por lá...)

O Algarve é mesmo assim.

É gelados e passeios pela marginal. É guarda-sóis coloridos e corpos bronzeados. É peixe, laranjas, figos, D. Rodrigos, brigadeiros de amêndoa e alfarrobas. É sotaques. É "bifes" e "avecs". É encontrar paz no meio da confusão.

1 comentário:

sara disse...

Acho que acabaste de fazer a descrição ideal :)